Igreja da Mexilhoeira Grande - 500 anos
O restauro de igrejas é essencial para preservar o património religioso, cultural e histórico, garantindo a conservação de valiosas obras de arte, como frescos, talha dourada, vitrais, esculturas, etc. Para além de local de culto, estes edifícios são testemunhos da arquitetura e arte de diferentes épocas.
Há 150 anos, a Igreja Paroquial da Mexilhoeira Grande, também conhecida como Igreja de Nossa Senhora da Assunção, foi submetida a uma profunda operação de reabilitação devido ao seu avançado estado de degradação. O Inventário dos bens da Fábrica da Igreja da Matriz, datado de 18 de agosto de 1876, documenta esta intervenção: “Achando-se quase em ruínas, foi nos anos de mil oitocentos e setenta e quatro a setenta e seis completamente restaurada […] as capelas cuja talha, de madeira dourada, dos fins do século passado, está muito danificada […]. O trono de excelente talha, infelizmente bastante estragado […]. Havia também aos lados do retábulo, […] duas imagens, de boa escultura de São Pedro e São Bartolomeu, que foram dali retiradas para se repararem. Ao lado direito da Capela-mor, […] da parte esquerda a da Senhora do Rosário, com uma boa imagem da mesma Senhora, também, já muito danificada, […] de lado duas imagens pequenas de São João Baptista, já retocado de novo […]. Fronteira a esta […] a Capela das Almas, com um quadro a óleo […] estragado, como toda a Capela, […]. Ao lado direito da porta principal e por baixo da torre, está o baptistério, que foi também, com a cúpula e parede da torre, inteiramente restaurado.”
A preocupação com a preservação deste templo tem sido contínua ao longo dos séculos. Em 2025, ao celebrar meio milénio de existência, esta igreja volta a ser restaurada, assegurando a salvaguarda e continuidade do seu património.