2001
A Igreja Paroquial da Mexilhoeira Grande, também denominada de Igreja de Nossa Senhora da Assunção, construída no século XVI, celebra em 2025 os seus 500 anos de história, sendo um marco central desta freguesia do concelho de Portimão. A arquitetura local harmoniza-se com a sua imponente, embora simples, estrutura branca e com o seu telhado cor de terracota. Envolta por casas de traça semelhante, a igreja destaca-se pelo seu campanário que se ergue entre os edifícios ecoando séculos de devoção e tradições. A sua importância para a comunidade assenta não apenas na sua antiguidade, mas também no seu valor cultural e espiritual, reforçado pela presença do cemitério adjacente. Facto que remete, de certa forma, para o que era praticado antes ao Decreto de 21 de setembro de 1835, que determinou que os enterramentos passassem a realizar-se em cemitérios públicos fora das áreas urbanas, em vez de nas igrejas e nos seus adros, como era tradicional.
1943
Entre o conjunto de indústrias conserveiras que marcaram a história do concelho de Portimão, destaca-se a fábrica Bivar & C.ª Lda. Esta unidade fabril, fundada em 1922, era propriedade de Francisco d’Almeida de Bivar Weinholtz, João Francisco Leote e Jerónimo Negrão Buísel. Localizava-se entre as antigas Avenida n.º 2 e Avenida n.º 3, que atualmente correspondem à Avenida Guanaré e à Avenida D. Afonso Henriques, respetivamente. Tal como outras fábricas do setor, a Bivar & C.ª Lda. desempenhou um papel importante no crescimento económico e social de Portimão, beneficiando do dinamismo da indústria conserveira, impulsionado tanto pelo mercado interno como pelas exportações. O aumento da procura levou a empresa a expandir as suas instalações, motivo pelo qual, em outubro de 1943, solicitou à Câmara Municipal de Portimão licença para a construção de um novo armazém anexo ao edifício existente. O desenho técnico apresentado corresponde aos alçados deste armazém, evidenciando o cuidado do autor, Fausto Manuel Rodrigues, com a estética da fábrica.
2005
A 2 de fevereiro de 1971, na cidade de Ramsar, no Irão, foi assinada a Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional, Especialmente como Habitat de Aves Aquáticas – conhecida como Convenção de Ramsar. Este tratado internacional e intergovernamental assenta no compromisso de cada país para a conservação e o uso sustentável das zonas húmidas e dos seus recursos. Portugal aderiu a esta convenção através do Decreto n.º 101/80, de 9 de outubro de 1980, tendo a mesma entrado em vigor em março de 1981. Atualmente, são 31 zonas húmidas portuguesas que estão abrangidas pela Convenção de Ramsar, entre as quais a Ria de Alvor, a terceira zona húmida mais importante do Algarve, depois da Ria Formosa e do Sapal de Castro Marim. Com o objetivo de criar uma área protegida e preservar as características naturais do estuário da Ria de Alvor e a zona envolvente, garantindo a sua gestão, defesa, valorização e ordenamento, a Câmara Municipal de Portimão e a Câmara Municipal de Lagos criaram a Associação de Municípios da Ria de Alvor. Esta associação foi formalmente constituída e apresentada publicamente a 2 de fevereiro de 2005, conforme convite que divulgamos. Esta data assinala, anualmente, o Dia Mundial das Zonas Húmidas.